segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sorriso & saúde


Sorrir pode até não ser o melhor – ou único – remédio, mas que faz bem à saúde os especialistas concordam. Aqui estão os principais efeitos benéficos do sorriso...
CORAÇÃO:
Uma pesquisa na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), afirma que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas. A equipe separou dois grupos de pessoas que tinham sofrido um ataque cardíaco e estavam sob cuidados médicos. O primeiro grupo assistia a vídeos de humor durante 20 minutos, todos os dias.

Após um ano, esse grupo apresentou uma queda de 66% da proteína C-reativa, que é um marcador da inflamação e do risco de problemas cardiovasculares. A queda dessa substância no outro grupo foi de apenas 26%. Como conclusão, as pessoas que riram mais tiveram o risco de problemas cardíacos reduzido significativamente.

COLESTEROL E DIABETES:
Dar boas risadas pode aumentar os níveis de colesterol bom no sangue, de acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Loma Linda. Os pesquisadores acompanharam 20 pacientes diabéticos com altas taxas de colesterol ruim no sangue. Todos usavam remédios para controlar esses problemas.

Metade desses pacientes continuou com o tratamento padrão, enquanto a outra metade, além de tomar a medicação, assistia a filmes de comédia diariamente, durante 30 minutos. Após um ano, o grupo que foi estimulado a gargalhar elevou seus níveis de HDL, o bom colesterol, em até 26%. No grupo de controle o aumento foi de apenas 3%.

PRESSÃO ARTERIAL:
Um estudo realizado na escola de medicina da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, descobriu que rir diminui a pressão arterial, enquanto o estressa a aumenta.

A equipe estudou 20 voluntários saudáveis, não fumantes, com idade média de 33 anos. Eles assistiam primeiro a um trecho de um filme que causasse estresse e, 48 horas depois, viam um filme de comédia.

Antes de assistir a cada filme, os voluntários ficavam em jejum e submetiam-se a testes para saber como vasos sanguíneos respondiam a súbitos aumentos no fluxo de sangue.

Ao final do estudo, foi revelado que o estresse reduz o fluxo de sangue em 35%. Já as risadas provocadas pela comédia fizeram com que o fluxo aumentasse 22%, reduzindo a pressão arterial. Paralelo a isso, ocorria uma limpeza dos vasos sanguíneos.




PULMÕES:
De acordo com especialistas, quando damos uma boa gargalhada, a absorção de oxigênio pelos pulmões aumenta. Inalamos mais ar e, com isso, a expiração também fica mais forte. Com maior ventilação pulmonar, o excesso de dióxido de carbono e vapores residuais é rapidamente eliminado, promovendo uma limpeza ou desintoxicação. Ou seja, rir limpa os seus pulmões e ainda os deixa mais fortes!

DIGESTÃO:
De acordo com a psicóloga Fátima Niemeyer, da Sociedade Brasileira de Psicologia, os músculos que são mais estimulados quando rimos são os abdominais. Esses movimentos fazem uma espécie de massagem em nosso sistema gastrointestinal, melhorando a digestão. Essa massagem também revigora todo o trabalho hepático.

CIRCULAÇÃO DO SANGUE:
ritmo cardíaco acelera quando começamos a rir. Os batimentos podem atingir até 120 pulsações por minuto, em comparação com as 70 pulsações por minuto quando estamos em repouso. Quando a pulsação aumenta, o sangue circula mais intensamente no organismo, o que aumenta a oxigenação de todas as células, tecidos e órgãos. Isso faz com que nosso organismo funcione a todo vapor!

ESTRESSE E SISTEMA IMUNOLÓGICO:
Durante uma sessão de gargalhadas, os níveis de cortisol e adrenalina - hormônios do estresse - baixam. Além disso, nosso cérebro passa a produzir endorfina, hormônio que nos deixa relaxado.

Isso faz com que o corpo consiga produzir mais células de defesa, que ficam mais ativas, fortalecendo o sistema imunológico e blindando o organismo contra doenças.

Segundo Conceição, as células que ganham vantagem na produção - quando os níveis de estresse abaixam - são os linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos; os linfócitos T, que são verdadeiros rastreadores de vírus e bactérias; a imunoglobina A, um anticorpo essencial no combate às infecções respiratórias; e as células NK, que são destruidoras de células cancerígenas.




COMBATE AS RUGAS:
Ao dar boas risadas, nós movimentamos 12 músculos faciais e, ao dar gargalhadas, movimentamos 24 desses músculos. Quando conversamos e gargalhamos ao mesmo tempo, então, são 84 músculos. Todo esse exercício facial estica a pele, retardando o aparecimento de rugas.

SORRIR É CONTAGIOSO!!!
O sorriso, além de trazer todos esses benefícios a nossa saúde, ainda é capaz de nos aproximar das pessoas conhecidas e aumentar as chances de fazer novas amizades. Afinal, ele não deixa de ser uma forma de comunicação. Sorrir faz parte das relações sociais e compartilhá-lo faz bem a você a ao próximo!
Quando foi sua última visita ao dentista? Agende consultas preventivas regularmente, a cada 6 meses.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Butantan testa uso de células-tronco para implantes dentários

Pesquisadores do Instituto Butantan estão testando o uso e  células-tronco retiradas da polpa de dentes de leite em pacientes que precisam de um implante dentário.


As células foram usadas para a recuperação de defeitos ósseos na cavidade bucal. O problema pode ocorrer após a perda de um dente --o osso que estava ao redor da raiz do dente vai se perdendo gradativamente.
Nesses casos, antes de colocar o implante (um parafuso, em geral de titânio) e o dente artificial, é necessário repor o osso perdido com enxerto --que pode ser feito com osso do paciente (retirado da mandíbula ou da bacia, por exemplo) ou de banco de osso humano.
Por enquanto, duas pessoas --de 68 e 45 anos-- foram submetidas à técnica experimental. Elas receberam um biomaterial à base de hidroxiapatita (o mesmo do esmalte do dente) e a injeção de células-tronco, retiradas de dentes de leite do neto e da filha dos voluntários.
A hidroxiapatita estimula o crescimento ósseo. As células-tronco aumentariam a velocidade dessa formação.
Segundo Camila Fávero de Oliveira, cirurgiã-dentista e pesquisadora do Laboratório de Genética do Instituto Butantan, as vantagens do uso das células-tronco seriam a maior rapidez para colocar o implante e o tempo menor de recuperação em relação ao procedimento com enxerto.
Hoje, o processo de cicatrização e reintegração óssea com enxertos pode levar seis meses ou mais. Um dos pacientes do teste já recebeu o implante cinco meses após a aplicação das células-tronco.
"A formação óssea tem maturidade maior em tempo inferior. E o osso é de maior qualidade, mais vascularizado e com maior quantidade de minerais", diz Oliveira.
Segundo ela, a resposta clínica do paciente também foi boa, com pouco inchaço.
A outra paciente recebeu as células-tronco em maio e ainda aguarda o implante.
A pesquisa, que é financiada pelo CNPq, pretende incluir outros 28 pacientes. Quem quiser se candidatar pode enviar e-mail para ca milafaveroo@gmail.com. Um dos requisitos é que um filho ou parente do voluntário doe um dente de leite.


Editoria de Arte/Folhapress


CAUTELA
Apesar dos resultados iniciais positivos da reconstrução óssea com células-tronco, especialistas analisam a novidade com cautela.
Para a cirurgiã-dentista Mônica Duailibi, pesquisadora do CTCMol (Centro de Terapia Celular e Molecular) da Unifesp e professora da mesma universidade, ainda é preciso dominar a técnica de expansão das células-tronco de dente de leite em laboratório.
"São necessários mais testes de certificação antes de fazer o procedimento em seres humanos. Acho temerosa a abordagem. Mesmo que os dentes de leite sejam de parentes, pode existir o risco de mutações e tumores", diz.
A pesquisadora Camila Fávero de Oliveira rebate as críticas. "Não há risco de tumores. As células proliferam em cultura com uma técnica desenvolvida pela Irina Kerkis, chefe do departamento de genética do Butantan, e testada em diversos estudos."
Segundo ela, antes da aplicação em pacientes, o risco de mutações é avaliado em uma amostra de células.
Rodrigo Bueno, consultor científico da ABO (Associação Brasileira de Odontologia), acredita que o uso de células-tronco poderá ser mais uma opção na gama de recursos disponíveis para grandes reconstruções ósseas.
Ele pondera que a segurança da técnica só será confirmada depois de repetidos protocolos de pesquisa.

Fonte: Mariana Versolato, Ciência+Saúde