domingo, 4 de maio de 2014

Respirar só pela boca pode comprometer os dentes


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Alergias, sinusite, rinite, desvio de septo, problemas respiratórios podem causar obstrução das vias aéreas superiores e levar algumas pessoas a adotar a respiração 'pela boca'. Geralmente, esse comportamento vem da infância e pode ter desdobramentos na saúde oral do paciente, resultando em um desenvolvimento anormal da face e da arcada dentária, sorriso gengival, dentes tortos e gengivite.
Os pais devem prestar atenção na reincidência de doenças respiratórias que acometem seus filhos e na forma como estão respirando - principalmente durante o sono. É importante reparar se a criança tem alguma dificuldade em permanecer com os lábios fechados, se emite sons pelo nariz enquanto dorme, ou, ainda, se dorme com a boca aberta. Caso as crises respiratórias sejam muito frequentes, é necessário um acompanhamento mais cuidadoso tanto por parte de um médico, quanto de um ortodontista, já que isto poderá comprometer o desenvolvimento de importantes estruturas ósseas da face e das arcadas dentárias.



O crescimento ideal do rosto das crianças é bastante influenciado por uma boa respiração pelo nariz. Quando o problema não é tratado desde o início, o rosto pode crescer fino e alongado. Muitos tratamentos cirúrgicos podem ser evitados com um adequado acompanhamento ortodôntico e a utilização de aparelhos que estimulem o crescimento facial e ampliem os seios nasais, favorecendo a respiração. O tratamento para a respiração bucal melhora significativamente a qualidade de vida do paciente e seu comportamento, sua autoestima, seu nível de energia e até mesmo o desempenho escolar.


As crises respiratórias que se acentuam nos meses mais frios e se estendem até a primavera. Crianças com problemas respiratórios, sejam temporários ou crônicos, devem evitar ambientes que favoreçam a proliferação de ácaros e fungos, além de pelos de animais, poeira e pó, ou mesmo alguns tipos de alimentos. Casos de alterações estruturais, como os desvios de septo, também devem ser tratados o quanto antes com médicos especialistas (otorrinolaringologistas).
 Fonte: www.apcd.com.br