sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Como você se torna mãe


Este ano de 2010 me presenteou com os mais maravilhosos dias de maternidade. Noites bem dormidas, o refluxo e as cólicas do bebê foram embora. Dias muito agitados, os primeiros passos, a descoberta das cores e sabores da vida. Em 2010 meu filho completou 1 ano.

Mas como aprender a ser mãe, ou melhor, uma boa mãe? Tudo começa a ser aprendido já na gravidez e segue com aulas intensivas, 24 horas por dia, para o resto da vida depois que seu filho nasce.

 “E o que eu faço agora?” Ao longo do resto da vida essa mesma pergunta se repetirá milhares de vezes, nem sempre com resposta. O questionamento faz parte da maternidade, uma coisa tão dinâmica quanto viver em si, que muda constantemente e com a qual você aprende a lidar dia após dia. Não tem receita, não tem manual.

Neste ano de 2010, pesquisadores norte-americanos do National Institute of Mental Health descobriram que o nosso próprio corpo é o primeiro a dar uma força para que as mulheres consigam lidar com as novas tarefas da maternidade. Ainda que você não tenha “sintomas”, o seu cérebro cresce logo depois que o bebê nasce. Ocorre um aumento nas ramificações dos neurônios que agiliza o processamento das informações. Isto acontece por causa de hormônios, como a ocitocina, a prolactina e o estrógeno.


O que você ganha com a maternidade

- Passa a apresentar mais empatia pelo próximo, por ter mais facilidade em se colocar no lugar do outro do que antes. Assim, pode ficar mais preparada para lidar e gerir pessoas em outras situações. 

- Todos os dias seu filho a coloca em situações inusitadas. Além de aprender a lidar com imprevistos, você passa a perceber que há coisas que fogem de seu controle. Até a capacidade de adaptação ganha com isso. 

- Você vai se tornar multitarefa. Portanto, aproveite sua habilidade em fazer várias coisas ao mesmo tempo.


Sempre na mira dos outros

Muitas opiniões, muitos conselhos, todos bem intencionados, é bom se lembrar disso, sempre! Também é  importante não ficar perdida no meio de tantas opiniões e conselhos. Quando você se torna mãe, acaba tendo não só a si própria, mas o resto do mundo prestando atenção no que faz.


Esse monte de atenções voltadas para você somadas às suas próprias expectativas para ser uma mãe perfeita pode ser difícil, o melhor é tentar sempre manter a calma e se colocar na posição da outra pessoa, mais uma lição que a maternidade nos ensina. A maioria das pessoas só quer ajudar, e muitas vezes esses conselhos de pessoas mais experientes ajudam mesmo.


Donald Winnicott, o mesmo psicanalista e pediatra inglês que, em 1956, definiu o termo “preocupação materna primária” (um período de intensa sensibilidade que permite à mãe identificar a hora certa de dar de mamar, o significado daquele choro e o jeito do bebê se expressar), coloca que a mãe suficientemente boa é aquela que pode garantir alimento, afeto e tranquilidade ao filho. Já a mãe perfeita... não existe.
Cada mãe cresce e se transforma a cada dia, junto com seu filho!

E o que mais marcou você em 2010?


Baseado no texto de Cintia Marucci, Revista Crescer.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Paixão avassaladora age como analgésico no cérebro humano




O amor sem dúvida é um sentimento mágico, que faz incontáveis coisas com a gente e na maioria das vezes nem percebemos. Amar seu companheiro (a), sua família, sua vida... se sentir feliz! Amar nos deixa em outra sintonia, nos coloca num astral superior e isso nos condiciona a realizar mais e melhor, seja pessoalmente ou profissionalmente. O amor é o principal remédio para as dores da alma... Mas será que o amor pode servir como remédio contra as dores do corpo?


A paixão é capaz de proporcionar alívio para dor de forma tão eficaz quanto analgésicos ou mesmo drogas ilícitas, como a cocaína, de acordo com um estudo da faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Os c
ientistas observaram o cérebro dos participantes da pesquisa por meio de um exame de ressonância magnética funcional, ou fMRI.

Segundo os pesquisadores, quando as pessoas estão apaixonadas, há alterações significativas em seu humor que interferem na dor. Ao pensar na pessoa amada, há intensa ativação na área de recompensa do cérebro - a mesma ativada quando se usa cocaína, ou quando se ganha muito dinheiro. 



Acredita-se que isto envolva áreas do cérebro como aqueles envolvidos em vícios, que são fortemente relacionados com a dopamina. A dopamina é o neurotransmissor que está intimamente envolvido com bons sentimentos. 


Concluíram que ver o rosto do amante ou fazer uma tarefa de distração diminuiu a intensidade da dor praticamente no mesmo nível - 12% e 13% para a dor intensa, 36% e 45% para a dor moderada, respectivamente. Ou seja, é possível que amor - ou outra emoção que ative os centros de recompensa - funcione como um analgésico. 

" A maior analgesia, ao visualizar imagens do parceiro romântico, foi associada com um aumento da atividade em diversas regiões de processamento de recompensas, regiões não associadas a analgesia induzida por distração", afirmam os pesquisadores em seu artigo, publicado no ultimo exemplar da revista PloS One.

Bom saber, vale sempre exercitar o amor de todas as formas e claro que uma boa paixão sempre faz bem. Precisamos ficar atentos para esse analgésico não faltar na nossa prateleira!






quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pacientes em tratamento de câncer - a importância de uma boca saudável


Atendi recentemente no consultório um paciente em tratamento quimioterápico. Ouvi parte de sua história de vida e algumas perspectivas para o futuro. Mesmo com atestado médico, optou por não se ausentar do emprego, afinal estava se sentindo bem para trabalhar. Optou pela rotina diária, aquela que muitos se queixam. Acordar cedo, sair para o trabalho, com sol ou chuva, sempre que possivel. Optou pela vida, apesar das dificuldades.


As doenças neoplásicas malignas representam um das principais causas de morbidade e mortalidade. Infelizmente, a frequência destas doenças não parece estar em declínio. Entretanto, há muitas pesquisas no mundo todo sobre o assunto e novas modalidades terapêuticas têm possibilitado uma sobrevida prolongada e, em muitos casos, a probabilidade de cura.

A cavidade bucal é um dos locais do organismo com a maior quantidade de bactérias, que podem se tornar nocivas levando a infecções localizadas ou generalizadas em momentos em que há queda da imunidade.


Por serem tratamentos agressivos, a radioterapia e a quimioterapia podem causar inúmeros comprometimentos na cavidade bucal, prejudicando a alimentação e a fala, e causando dor e desconforto ao paciente.

Alguns exemplos de complicações bucais: infecções fúngicas (candidiase, sapinho) ou bacterianas (cáries, infecções na gengiva e periodonto); mucosite (inflamação das mucosas da boca, dando a sensação de ardência - feridas que se podem se estender até a laringe e faringe); dificuldade para engolir; xerostomia, osteorradionecrose, cáries de radiação, sangramentos gengivais espontâneos, trismo entre outros.

A saliva é um protetor natural dos dentes e mucosa da boca. Possui enzimas importantes que ajudam a manter os dentes íntegros e a mucosa e gengiva saudáveis. Pacientes que são submetidos ao tratamento quimioterápico e/ou radioterápico na região cabeça/pescoço, onde as glândulas salivares são afetadas pela radiação, apresentam uma diminuição da quantidade de saliva (xerostomia). A boca fica seca, o que causa muito incômodo para falar e comer. Porém, o mais grave é que a falta de saliva diminui a proteção natural da boca e ela se torna mais vulnerável a infecções em geral, além de provocar mau hálito (halitose).

Estas são as principais complicações, que podem ser minimizadas quando o paciente passa por avaliação odontológica adequada antes de iniciar o tratamento. Cáries e problemas nas gengivas devem ser tratados e o paciente deve receber orientações sobre as possíveis complicações bucais, que podem ocorrer durante e após o término do tratamento oncológico.  A melhora da qualidade de vida torna-se o principal objetivo!

E você, gostaria de dividir sua opinião, sua história, dificuldades ou êxito conosco?






quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Gestantes, enjôos e alterações bucais


As mudanças hormonais que ocorrem na grávida durante a gestação fazem a mulher ficar mais propensa a ter problemas bucais. Por isso, a atenção deve ser redobrada principalmente a partir do segundo trimestre.
Enjôos e vômitos são muito comuns no início da gravidez e encaradas como um processo natural, apesar do incômodo. No entanto, sua recorrência pode alterar o pH da boca e provocar descalcificações nas superfícies dos dentes da gestante e acelerar o desenvolvimento de doenças bucais como a gengivite (inflamação da gengiva) e periodontite (infecção nos ossos e nas fibras que sustentam os dentes).

Parto Prematuro
Um estudo da Case Western Reserve University, em Cleveland, Ohio, indica que bactérias encontradas nas bocas de gestantes podem contribuir para nascimentos prematuros de bebês.
A pesquisa, publicada no jornal Infection and Immunity e divulgada pela Sociedade Americana de Microbiologia, indica que a gengivite, um problema comum durante a gestação, aumenta a concentração de bactérias na boca e a possibilidade de transmissão desses microorganismos para a placenta pela corrente sanguínea.
A infecção intrauterina é a principal causa de nascimentos prematuros e abortos. Durante um longo período, a infecção intrauterina foi associada a bactérias encontradas na vagina das grávidas, contudo, estudos recentes indicam que bactérias achadas na boca também podem causar o problema.
De acordo com os cientistas, os cuidados com a saúde bucal das gestantes contribuem para uma gestação mais saudável.

Outro estudo, realizado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, indica que 80% das grávidas têm algum problema bucal. O levantamento, feito com base em atendimentos no Hospital e Maternidade Interlagos, maior maternidade pública da zona sul da capital paulista, também revelou que 7% das gestantes apresentam doenças e infecções graves na boca.

Recomendações para as gestantes

- Substitua alimentos ricos em carboidratos e açúcares por frutas e vegetais.

- Reforce o corpo com vitaminas B, C e cálcio.

- Após vômito por enjôo de gravidez, faça bochecho com água oxigenada ou algum antiácido antes de escovar os dentes.

- Reforce a escovação e o uso de fio dental.

- Aumente a frequência de visitas ao dentista.
Cuide de sua saúde e seja muito feliz! Seu bebê agradece.